Mulheres na pesca

Calciléia Pedro de Alcântara, uma mulher do mar

Por Olívia Vidal

Um olhar atento para o horizonte, concentração, paciência. Observação cuidadosa do tempo, da intensidade e da direção do vento, temperatura, maré…

Crédito: Olívia

Essa é a arte da pescaria, que pode ser tanto um lazer quanto uma forma de sustento. É considerada uma das profissões mais antigas, possuindo, assim, uma grande importância na vida cultural e econômica da cidade de Arraial.
A vida do profissional da pesca às vezes começa na infância, ao acompanhar os pais na pescaria. E a mulher? Normalmente era ela a responsável por salgar os peixes e pela culinária.
Com o passar dos anos a relação de trabalho não é a mesma: a quantidade de pescado reduziu, muitos rumaram para outra profissão, e as mulheres também quiseram entrar no mercado de trabalho.

Arraial do Cabo sempre foi conhecida como uma colônia de pescadores. A maior parte da população era sustentada com esse trabalho, exercido na maioria das vezes por homens. Mas, e as mulheres a cidade? O que dizem as pescadoras cabistas?

Calciléia Pedro de Alcantara, de 49 anos, pescadora da Praia dos Anjos, conta como é ser uma mulher no meio de tantos homens no mundo da pesca.

Arquivo Pessoal

Notícias Arraial: Como você definiria a pesca em sua vida?

Calciléia: É muito bom pescar. Para mim é uma higiene mental, além de poder ganhar dinheiro com isso.

Notícias Arraial: Quais são as características básicas para ser uma pescadora?

Calciléia: Para ser uma boa pescadora tem que ter paciência e não enjoar, para não estragar a pesca.

Notícias Arraial: A pesca é um trabalho adicional? Você se sustenta com a pesca ou é um hobbie?

Calciléia: É um trabalho adicional. Sempre pesco bastante peixe para vender, mas também trabalho na Pizzaria Shans.

Notícias Arraial: Quais os tipos de peixe que você pesca?

Calciléia: Espada, anchova, lula, mirassol, etc.

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